terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Escolas retomam aulas após fim de greve da PM na Bahia

Estudantes de escolas públicas e particulares voltaram às aulas na manhã desta segunda-feira. Foto: Arestides Baptista/Agência A Tarde
Após o fim da greve da Polícia Militar na Bahia, escolas do Estado voltaram às aulas nesta segunda-feira. Os colégios particulares adiaram o início do ano letivo durante o movimento por recomendação do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinepe-BA).
Apesar de a Secretaria de Educação do Estado não ter suspendido o funcionamento durante a greve, algumas escolas estaduais só iniciam as atividades hoje. Os colégios municipais só voltam às aulas no dia 27 de fevereiro após o recesso de Carnaval. A rede municipal atende cerca de 140 mil alunos.
A greve
A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro, quando os grevistas acamparam em frente à Assembleia Legislativa em Salvador e posteriormente ocuparam o prédio. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência na capital e região metropolitana, dobrando o número de homicídios em comparação ao mesmo período do ano passado. Além de provocar o cancelamento de shows e eventos, a ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.
A paralisação, que terminou 12 dias depois, servia para reivindicar a criação de um plano de carreira para a categoria, além do pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.
O Executivo estadual solicitou o apoio do governo federal para reforçar a segurança. Cerca de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. Dois dias após o início da greve, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando sua ilegalidade e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) suspendesse o movimento. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos, sendo que quatro foram cumpridos.
Em 9 de fevereiro, Marco Prisco, um dos líderes do movimento grevista, foi um dos presos, após a desocupação do prédio da Assembleia. A decisão ocorreu um dia depois da divulgação de gravações telefônicas que mostravam chefes da paralisação planejando ações de vandalismo na capital baiana. Um dos trechos mostrava Prisco ordenando a um homem que ele bloqueasse uma rodovia federal.

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