terça-feira, 30 de abril de 2013

Morrem mais norte-coreanos do que revelam os números oficiais

Pouquíssimas execuções de cristãos na Coreia do Norte estão realmente documentadas, já que cada vez menos pessoas são assassinadas em público. No entanto, testemunhas oculares descreveram a morte terrível de um cristão na prisão norte-coreana Chongori, em 1998

Corea North real.jpg

Chongori é um campo de prisioneiros da Coreia do Norte relativamente pequeno. Possui cerca de seis mil presos, os quais são submetidos todos os dias a trabalhos forçados, torturas e "reeducação". Execuções secretas não são incomuns. Entre julho e setembro de 1998, guardas usaram um método horrível para assassinar vários prisioneiros.

Certa noite, sete presos receberam ordens de arrumar seus pertences e, seguindo um interrogador da polícia, saíram de suas celas. Os prisioneiros imaginaram que aquela situação toda fazia parte de uma rotina de transferência para outra prisão, uma ocorrência bastante comum.

Levados para outro prédio, foram chamados um por um para uma sala, onde se sentaram entre dois guardas. Cada um deles segurava a extremidade de um fio resistente de metal, sem, no entanto, que o prisioneiro pudesse ver.

Um terceiro guarda, posicionado perante o prisioneiro o acusava de algum tipo de crime secreto, algo como “ter escondido munição sob a chaminé de sua casa”. O prisioneiro, ao ouvir tal acusação, estranha e falsa, instintivamente, levantava a cabeça, surpreso, a fim de negar a acusação. Naquele momento, os dois guardas ao seu lado moviam-se rapidamente para passar o fio ao redor do pescoço do prisioneiro, matando-o sufocado. Naquela ocasião, todos os presos foram estrangulados até o último suspiro de vida.
Esse tipo de execução deixava marcas terríveis no corpo. Dois presos cuidadosamente selecionados, ambos chefes de unidades de trabalho, foram designados para remover os cadáveres, um por um. Um funcionário da prisão obrigou-os a assinar um depoimento jurando silêncio quanto a todos os detalhes relativos às execuções secretas.
Não muito tempo depois, 40 prisioneiros de um grupo de trabalho agrícola caminhavam juntos ao amanhecer, em direção à lavoura. Ainda estava escuro quando os trabalhadores, cansados, depararam-se com uma estranha maleta deixada no meio da estrada. Ao abrí-la, eles encontraram um cadáver vestindo uma camiseta vermelha bastante familiar. Tratava-se de Kim Ju-won, um prisioneiro cristão que morrera naquela ocasião. Seu corpo sem vida caiu de um caminhão que transportava corpos de prisioneiros para uma área montanhosa, remotamente distante do campo de prisioneiros.

A morte de Kim e dos outros seis prisioneiros são uma das poucas execuções secretas documentadas. Os assassinatos foram descritos em detalhes, por testemunhas oculares, para a organização norte-coreana de direitos humanos, The Third Way [O terceiro caminho, em inglês]. Os relatos também foram publicados no livro Eyewitness: A litany of North Korea crimes against Humanity [“Testemunhas oculares: um cantilena de crimes norte-coreanos contra a humanidade”, tradução livre].

Refugiados norte-coreanos que recentemente escaparam do país, testemunham que muitos prisioneiros morrem nas mãos de seus captores. Infelizmente, o caso de Kim e seus colegas não é exceção.

Ore para que a população norte-coreana, em breve, experimente a verdadeira liberdade. Interceda também pelos guardas e outros perseguidores, para que recebam o perdão por seus crimes, conheçam a verdade e aceitem Jesus como seu Salvador.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Frases sobre missões

 Quem não tem nenhuma missão na vida é a mais pobre de todas as
pessoas.
Albert Schweitzer

Alguém orou: "Deus, tem misericórdia dos perdidos". A resposta: Já
tive misericórdia; agora você precisa ter.
Anônimo

Um exército de ovelhas liderado por um leão derrotaria um exército de leões liderado por uma ovelha.
autor desconhecido

Nunca me preocupei com onde viveria, nem como viveria, nem que
provações teria que sofrer, desde que assim eu pudesse ganhar mais
almas para Cristo.
David Brainerd

Deus tinha um único Filho e fez dele um missionário.
David Livingstone

Missões se fazem com os pés dos que vão, com os joelhos dos que ficam
e com as mãos dos que contribuem.
Desconhecido

Para ser um líder, você tem que fazer as pessoas quererem te seguir, e ninguém quer seguir alguém que não sabe onde está indo.
Joe Namath
 
Um líder certamente não precisa ser estimulado. Na realidade, o líder é o estímulo.
Sir Winston Churchill

 

Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão
naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem
pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito:
Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam
coisas boas!
Romanos 10:13-15

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O Exemplo de George Müller


O gigante da fé, George Müller (1805-1898), nasceu na Alemanha, e converteu-se com idade de 20 anos numa missão morávia. Foi para a Inglaterra em 1829, onde trabalhou para o Senhor até o final de sua vida.

Em 1830, três semanas depois de seu casamento, Müller e sua esposa decidiram abrir mão de seu salário como pastor de uma pequena congregação, e depender exclusivamente de Deus para suas necessidades. Já desde o início, ele tomou a posição que manteria durante todo o seu ministério, de nunca revelar suas necessidades às pessoas, e de nunca pedir dinheiro de ninguém, somente de Deus. Ao mesmo tempo, decidiu que também nunca entraria em dívida por motivo algum, e que não faria reservas, nem guardaria dinheiro para o futuro.
Durante mais de sessenta anos de ministério, Müller iniciou 117 escolas que educaram mais de 120.000 jovens e órfãos; distribuiu 275.000 Bíblias completas em diferentes idiomas além de grande quantidade de porções menores; sustentou 189 missionários em outros países; e sua equipe de assistentes chegou a contar com 112 pessoas.

Seu maior trabalho foi dos orfanatos em Bristol, na Inglaterra. Começando com duas crianças, o trabalho foi crescendo com o passar dos anos, e chegou a incluir cinco prédios construídos por ele mesmo, com nada menos que 2000 órfãos sendo alimentados, vestidos, educados e treinados para o trabalho. Ao todo, pelo menos dez mil órfãos passaram pelos orfanatos durante sua vida. Só a manutenção destes órfãos custava 26 mil libras por ano. Nunca ficaram sem uma refeição, mas muitas vezes a resposta chegava na última hora. Às vezes sentavam para comer com pratos vazios, mas a resposta de Deus nunca falhava.

No decorrer da sua vida, Müller recebeu o equivalente a sete milhões e meio de dólares, como resposta de Deus. Além de nunca divulgar suas necessidades, ele tinha um critério muito rigoroso para receber ofertas. Por mais que estivesse precisando (pois em milhares de ocasiões não havia recursos para a próxima refeição), se o doador tivesse outras dívidas, se tivesse evidência de que havia alguma atitude errada, ou alguma condição imprópria, a oferta não era aceita.

E mesmo quando tinha certeza de que Deus estava dirigindo para ampliar o trabalho, começar uma outra casa, ou aceitar mais órfãos, ele nunca incorria em dívidas. Aquilo que Deus confirmava como sua vontade certamente receberia os recursos necessários, e por isto nunca emprestava nem contraía obrigações sem ter o necessário para pagar.

A seguir, um trecho da sua autobiografia, onde ele define sua posição com relação a dívidas:

Minha esposa e eu nunca entramos em dívidas porque acreditávamos que era contrário às Escrituras (Rm 13.8). Por isto, nunca tivemos contas para o futuro com alfaiate, açougue, padaria ou mercado. Pagamos por tudo em dinheiro. Preferimos passar necessidade do que contrair dívidas. Desta forma, sempre sabemos quanto temos, e quanto podemos dar aos outros. Muitas provações vêm sobre os filhos de Deus por não agirem de acordo com Romanos 13.8.

Alguns podem perguntar: Por que você não compra o pão, ou os alimentos do mercado, para pagar depois? Que diferença faz se paga em dinheiro no ato, ou somente no fim do mês? Já que os orfanatos são obra do Senhor, você não pode confiar que ele supra o dinheiro para pagar as contas da padaria, do açougue, e do mercado? Afinal, todas estas coisas são necessárias para a continuidade da obra.

Minha resposta é a seguinte: Se esta obra é de Deus, certamente ele tanto quer como é capaz de suprir todo o necessário. Ele não vai necessariamente prover na hora que nós achamos que deve. Mas quando há necessidade, ele nunca falha. Podemos e devemos confiar no Senhor para suprir-nos com o que precisamos no momento, de forma que nunca tenhamos que entrar em dívida.

Eu poderia comprar um bom estoque de mantimentos no crediário, mas da próxima vez que estivéssemos em necessidade, eu usaria o crediário novamente, ao invés de buscar o Senhor. A fé, que somente se mantém e se fortalece através de exercitar, ficaria mais e mais fraca. No fim, provavelmente acabaria atolado em grandes dívidas, sem perspectiva de sair delas.

A fé se apóia na Palavra Escrita de Deus, mas não temos nenhuma promessa de que ele pagará nossas dívidas. A Palavra diz: "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma" (Rm 13.8), e: "Quem nele crer não será de modo algum envergonhado" (1 Pe 2.6). Não temos nenhuma base bíblica para entrar em dívidas.

Nosso alvo é mostrar ao mundo e à igreja que mesmo nestes dias maus do tempo do fim, Deus está pronto para ajudar, consolar, e responder às orações daqueles que confiam nele. Não precisamos recorrer a outras pessoas, nem seguir os caminhos do mundo. Deus tanto é poderoso, como desejoso, de suprir todas nossas necessidades no seu serviço.

Consideramos um precioso privilégio continuar a esperar no Senhor somente, ao invés de comprar mantimentos no crediário, ou de emprestar de bondosos amigos. Enquanto Deus nos der graça, olharemos somente para ele, mesmo que de uma refeição para a próxima tivermos que depender do seu suprimento. Já faz dez anos que trabalhamos com estes órfãos, e ele nunca permitiu que passassem fome. Ele continuará a cuidar deles no futuro também.
Estou profundamente consciente da minha própria incapacidade e dependência no Senhor. Pela graça de Deus, minha alma está em paz, embora dia após dia tenhamos que esperar a provisão milagrosa do Senhor para nosso pão diário.
Extraído da Revista Impacto (www.revistaimpacto.com.br), nº 25.

John G. Paton




A publicidade internacional que cercou a notícias trágica da morte de John Williams produziu uma onde de choque através da igreja cristã, especialmente nas ilhas Britânicas, onde dezenas de jovens se comprometeram a tomar o seu lugar. Os presbiterianos, representados por John Geddie, foram os primeiros protestantes que conseguiram permanecer nas Novas Hébridas nos anos que se seguiram à tragédia de Williams. Geddie, descrito como um missionário “duro, sem senso de humor, sincero e incrivelmente corajoso”, tinha ficado interessado nos relatos do heroísmo missionário nos Mares do Sul, desde os primeiros anos de sua infância na Nova Escócia. Em 1848, ele e a esposa viajaram para Aneityum, a ilha mais ao sul das Novas Hébridas e passaram ali sua vida traduzindo as Escrituras, evangelizando e treinando obreiros nativos. Eles foram tão eficazes em seu trabalho evangelístico que praticamente toda a população da ilha tornou-se cristã. Uma inscrição relativa a Geddie, em uma das igrejas estabelecidas por ele, sublinhou sua poderosa influência: “Quando ele desembarcou em 1848, não havia cristão aqui; quando partiu em 1872, não havia pagãos”.

O sucesso de Geddie estimulou mais intereesse e logo outros missionários presbiterianos começaram a chegar. Um deles foi John G. Paton, talvez o mais conhecido missionário dos Mares do Sul, que se imortalizou em grande parte por causa de seus relatos passo a passo dos nativos massacrando os missionários, publicados em sua autobiografia amplamente divulgada e carregada de tensão. Paton, conforme contado por ele mesmo, sofreu tantos atentados às mãos dos nativos que lhe era impossível anumerá-los. A mera sobrevivência era uma tensão física e mental constante e permanecer vivo já era em si um fato notável.

John Paton nasceu em 1824, em Dunfries, na Escócia, e cresceu numa casa pequena de três cômodos com telhado de palha, onde seu pai ganhava o sustento tecendo meias. A família era pobre e antes de John fazer 12 anos, ele foi forçado a deixar a escola e passar seus dias trabalhando ao lado do pai para ajudar a sustentar a família. Os Paton eram presbiterianos fiéis que concentravam sua vida nas atividades da igreja, mas não foi senão aos 17 anos que John se converteu – uma experiência transformadora que o levou a fixar-se na idéia de serviço cristão de tempo integral.

A primeira prova verdadeira de serviço cristão ocorreu para Paton aos seus vinte e poucos anos de vida, quando ele tornou-se missionário para a Missão da Cidade de Glasgow, cuja posição lhe propiciava a quantia de 200 dólares por ano. Ele começou a trabalhar nos cortiços de Glasgow, onde as massas operárias empobrecidas se espalhavam pelas ruas e onde o “pecado e o vício grassavam abertamente e sem qualquer embaraço”. A tarefa mostrou-se difícil, mas preparou-se bem para as provações que enfrentaria futuramente nas Novas Hébridas. A posição contra o seu trabalho evangelístico nas ruas era violenta, mas a filosofia de Paton não admitia retirada: “Deixe que vejam que provocá-lo lhe causa medo e irão brutal e cruelmente abusar de você, mas desafie-os destemidamente ou tome-os pelo nariz, e irão rastejar como cãezinhos aos seus pés.”¹
John G. Paton
John G. Paton

Depois de trabalhar dez anos como missionário na cidade, Paton ouviu falar da grande necessidade de missionários no Pacífico Sul em sua própria igreja, a Igreja Presbiteriana Reformada Escocesa. No início, ele estava inclinado a pensar que deveria permanecer no seu posto, sabendo como necessitavam dele ali; mas não conseguia tirar da mente as ilhas do Pacífico. Todavia, seu trabalho era necessário na missão da cidade e como iria anunciar aos diretores da mesma que iria deixá-los? Por outro lado, como poderia ficar em casa, na Escócia, quando milhares de ilhéus estavam indo para a eternidade sem jamais ter ouvido o nome de Cristo? A decisão mostrou-se difícil, mas uma vez feita, nem sequer ofertas de um salário maior e uma mansão poderiam tentá-lo a permanecer no trabalho da missão da cidade. Nem a voz do medo conseguiu dissuadi-lo. “Você vai ser comido pelos canibais”, advertiram eles. Porém, Paton não precisava de que o lembrassem disso. O destino do grande John Williams nunca se afastava de seus pensamentos.
Na primavera de 1858, depois de uma série de palestras realizadas durante três meses na congregação presbiterianas, ele estava pronto para seguir viagem. Antes de partir, resolveu dois assuntos finais, sua ordenação e seu casamento com Mary Ann Robson, e a 16 de abril navegou para os Mares do Sul.  Ao chegar às Novas Hébridas, os Paton seguiram imediatamente para a ilha de Tanna, onde foram quase vencidos por um caso grave de choque cultural: “Minhas primeiras impressões me levaram à beira de uma desmaio. Ao contemplar aqueles nativos em suas pinturas, nudez e miséria, meu coração ficou cheio de horror e piedade... As mulheres usavam apenas um minúsculo avental de grama... os homens uma coisa indescritível, como uma bolsa ou saco,  e as crianças absolutamente nada!”²

Depois de Paton estabelecer-se em Tanna, não demorou muito para descobriu as duras realidades do estilo de vida nativo e o problema da nudez diminuiu rapidamente em comparação. Os nativos se envolviam em jogos guerreiros mortais e às vezes sutis entre si. Mortes ocorriam quase diariamente e eram aceitas como parte rotineira da vida, com erupções violentas ocasionais que ameaçavam toda a população. Foi um período cheio de tensão quase sem tempo para relaxar. Sua situação se complicava ainda mais devido aos ataques sempre iminentes de febre. Mary era mais perseguida pela doença que o marido e a sua condição piorou depois de ter dado à luz. A 3 de março de 1859, ela morreu de febre de três semanas mais trade seu filhinho recém-nascido também morreu. Foi um período de desespero para Paton. Um curto ano se passara desde que haviam repetido solenemente seus votos de casamento e agora tudo tinha acabado. Era quase demais para suportar: “ Se não fosse Jesus... eu teria enlouquecido e morrido ao lado daquela sepultura solitária”.³
John G. Paton
John G. Paton

Os primeiros anos do serviço missionário de Paton viram pouco progresso no estabelecimento do cristianismo entre o povo de Tanna, e o que foi realizado deveu-se mais aos esforços dos professores nativos que haviam chegado de Aneityum onde John Geddie servia. Eles não só pregaram eficazmente o evangelho, como também deram exemplo de vida cristã diante dos outros ilhéus, de um modo que europeu algum poderia fazer. Isto aplicou-se especialmente à área das relações familiares, em particular com referência às mulheres. Estas, na estrutura social de Tanna, praticamente não passavam de escravas, sendo freqüentemente espancadas pelos maridos e algumas vezes até mortas. Não é de surpreender que o exemplo mostrado pelos professores nativos e a proteção que ofereceram às mulheres do lugar, constituíssem uma ameaça para os homens. Ataques violentos foram feitos contra Paton e os professores nativos. Namuri, um dos assistentes fiéis de Paton foi morto. A doença também cobrou sua parte dos mestres nativos. Quando o sarampo foi levado a Aneityum por marinheiros europeus, treze dos professores de Aneityum morreram e o restante, exceto um casal fiel, foi embora. A epidemia foi tão grave, segundo Paton, que um terço da população de Tanna desapareceu.

No verão de 1861, três anos depois da chegada de Paton, os nativos de Tanna se encontravam à beira da guerra civil e o próprio Paton achava-se bem no centro de grande parte do conflito. Numa certa ocasião, Paton e o único professor de Aneityum que restava, ficaram trancados num quarto durante quatro dias enquanto os nativos aguardavam do lado de fora para matá-los. Os nativos da costa eram os que mais desprezavam Paton e ameaçavam uma guerra total contra as tribos do interior, a não ser que Paton fosse embora. Finalmente, em meados de janeiro de 1862, as explosões diárias de violência se transformaram numa guerra civil de grandes proporções. Usando sua arma como proteção, Paton fugiu de Tanna a bordo de um navio mercante, deixando todos os seus pertences para trás.

Ao partir de Tanna, Paton seguiu para Aneityum e depois para a Austrália, onde começou imediatamente a visitar as igrejas presbiterianas, contando ao povo os horrores que suportava nas Novas Hébridas. Ele era um orador capaz e quando sua viagem terminou, as ofertas recebidas totalizavam mais de 25.000 dólares, a serem usados para a compra de um navio missionário, o Dayspring (Dia da Primavera). Na primavera de 1863, Paton navegou para as Ilhas Britânicas onde continuou suas visitas às igrejas presbiterianas, levantando milhares de dólares para as missões nos Mares do Sul. Enquanto realizava seu circuito das igrejas, Paton voltou a casar-se e, fins de 1864, ele e sua esposa Margaret viajaram para a Austrália, partindo para as Novas Hébridas a bordo do Dayspring.

Logo depois de chegar às ilhas, Paton envolveu-se num conflito que quase arruinou seu ministério e o de outros missionários nos Mares do Sul. As experiências que tivera no passado com os ilhéus, assim como os problemas enfrentados por outros europeus, haviam convencido um comodoro britânico belicoso a circular com seu barco de guerra pelas ilhas e castigar os nativos de Tanna, destruindo algumas de suas ilhas – especialmente os habitantes da costas que fizeram forte oposição a Paton. Este negou mais tarde ter “dirigido” o castigo, mas acompanhou realmente a expedição como intérprete, ligando assim diretamente as missões e a ação militar. Embora os nativos fossem avisados antecipadamente e houvesse poucas mortes,  incidente criou tremendo escândalo. Segundo Paton, “as zombarias comuns sobre o ‘evangelho e pólvora’ foram manchete em centenas de artigos amargos e escarnecedores e, sem perder sua força, as notícias foram telegrafadas para a Inglaterra e Estados Unidos, onde a imprensa secular e infiel as serviu diariamente aos leitores com todo o seu horror. Alguns dos mais severos críticos de Paton não foram, porém, os infiéis, mas os seus próprios colegas. John Geddie, um missionário presbiteriano, que se achava de licença na ocasião, ficou enraivecido ao ouvir as notícias e culpou Paton pelo incidente. Como resultado, houve uma reação negativa à causa das missões, mas até que ponto é impossível determinar; embora o próprio Paton se queixasse do caso ter tornado “bem mais difícil a tarefa de levantar fundos para o navio missionário”.⁴
O segundo período de Paton nas Novas Hébridas foi passado na pequena ilha de Aniwa desde que Tanna continuava sendo considerada insegura para os europeus. Mais uma vez, Paton fez-se acompanhar por professores de Aneityum e ele e a mulher logo se estabeleceram em seu novo posto missionário. Apesar de Aniwa ser considerada como mais pacífica do que Tanna, os Paton e seus professores nativos ainda continuaram sendo alvo de ameaças, mas Paton tinha agora uma arma psicológica (se não física) contra eles. Ele os advertiu a não “matarem ou roubarem, caso contrário o navio de guerra que castigou Tanna explodiria sua pequena ilha”.⁵
John G. Paton e família
John G. Paton e família

À medida que os Paton continuaram seu ministério em Aniwa nas décadas que se seguiram, eles testemunharam resultados impressionantes produzidos pelo cristianismo no coração do povo. Com a ajuda de cristãos nativos, eles construíram dois orfanatos, estabeleceram uma igreja que logo cresceu e também escolas – uma delas para meninas, onde Margaret ensinava. Paton, apoiado por chefes convertidos, tornou-se uma influência política poderosa, e as austeras leis puritanas se tornaram o padrão pelo qual os habitantes tinham de pautar-se. Crimes tais como transgressão do descanso sabático não eram considerados superficialmente. Em uma ocasião, depois de vários “pagãos” terem sido descobertos pescando nesse dia, eles foram visitados na manhã seguinte por Paton e oitenta de seus seguidores cristãos sendo rapidamente persuadidos a retratar-se.⁶

Embora a atitude de Paton para com os ilhéus do Pacífico muitas vezes parecesse dura, ele se dedicava inteiramente à obra de ganhá-los para Cristo e os amava sinceramente. Ao descrever o primeiro culto de comunhão que realizou em Aniwa, ele escreveu: “No momento em que coloquei o pão e o vinho naquelas mãos escuras, antes manchadas com o sangue do canibalismo, agora estendidas para receber e compartilhar dos símbolos e selos do amor do Redentor, tive um antegozo da alegria da Glória que quase partiu meu coração em pedaços. Jamais provarei uma benção mais profunda, até que venha a contemplar a face glorificada do próprio Jesus.”⁷

Depois da igreja de Aniwa ter-se firmado, Paton passou os últimos anos de sua vida como estadista missionário, viajando pela Austrália, Grã-Bretanha e América do norte, levantando fundos e fazendo conferências sobre as necessidades da missão nas Novas Hébridas. Grande progresso estava sendo realizado nessas ilhas, devido e parte à sua larga influência. No final do século, só algumas das trinta ilhas habitadas não tinham sido ainda alcançadas pelo evangelho. Uma escola fora estabelecida para treinar evangelistas nativos, cujo número excedia trezentos, e cerca de duas dúzias de missionários e suas esposas serviam com eles.

Paton trabalhou diligentemente até o fim, traduzindo a bíblia para a língua de Aniwa e falando a respeito das missões. Aos 73 anos, enquanto fazia uma viagem de pregações, ele escreveu sobre seus dias ocupados: “Eu realizei três cultos ontem, viajando trinte e dois quilômetros entre um e outro; durante o trajeto fui corrigindo provas gráficas”.⁸ Os Paton voltaram às ilhas para uma breve visita em 1904. No ano seguinte Margaret morreu e dois anos depois seu marido, de 83 anos , juntou-se a ela, deixando o trabalho nas Novas  Hébridas a cargo de seu filho Frank.


Notas
[1] Ralph Bell, John G. Paton: Apostlhe to the New Hebrides (Butler, Ind. Higley, 1957), 42-43
[2] John G. Paton, The Story of Dr. John G. Patons’s Thirty Years with South Sea Canniblas (Nova Iorque: Doran, 1923), 33.
[3] Paton, The Story, 36
[4] Kent, Company of Heaven, 118-119; Paton, The Story, 130.
[5] Bell, John G. Paton, 157
[6] Bell, John G. Paton, 179
[7] Bell, John G. Paton, 180
[8] Bell, John G. Paton, 237-238
Bibliografia
Bell, Ralph. John G. Paton: Apostlhe to the New Hebrides. Butler, Ind: Hindghley, 1957.
Panton, John G. The Story of Dr. John G. Paton’s Thirty Years With South Sea Canibals. Nova York: Doran, 1923;

Texto retirado do livro: “… Até aos confins da terra.” – Ruth A. Tucker. Editora Vida Nova. Edição: Maio de 1986

Johaim Heinrich Bullinger - Biografia


Johaim Heinrich Bullinger (1504-1575) - Bullinger era filho de um sacerdote de paróquia. Enquanto estudava em Colônia, foi estimulado pelo estudo dos Pais da Igreja primitiva a fazer uma investigação das Escrituras. De volta a Zurique, uniu-se a Zwínglio no esforço de reformar a igreja (1527). Após a morte de Zwínglio, assumiu a liderança da reforma em Zurique.

Com regularidade pregava e ensinava as Escrituras, fazia comentários de livros da Bíblia, escrevia tratados teológicos sobre as questões debatidas em sua época, procurava estabelecer e manter relacionamentos fraternais com os outros cristãos reformados, e escreveu uma história da Reforma, em muitos volumes.
Sua teologia pode ser resumida em sua obra "Décadas", composta de cinqüenta sermões longos, que tratavam dos ensinos das principais doutrinas cristãs. Essa obra foi publicada em 1549-51, traduzidos em seguida para o inglês, holandês e francês. Na Inglaterra, ela serviu como literatura oficial para os clérigos que não haviam feito o mestrado. Ao todo, Bullinger escreveu aproximadamente 150 obras, em tomo de temas como a providência, justificação e a natureza das Escrituras.

Bullinger também desempenhou papel importante na união dos protestantes. Juntamente com Calvino, procurou evitar cismas entre os protestantes através do Acordo de Zurique (1549), que afirmava que "os crentes, mediante a Ceia do Senhor, recebem a Cristo espiritualmente e são unidos a Ele". Participou da composição da Primeira Confissão Helvética e escreveu a Segunda Confissão Helvética em 1566, tomando-se o elo de união entre as igrejas calvinistas da Europa continental.

Nas Décadas, Bullinger, ao lado dos demais reformadores, enfatizava a centralidade das Escrituras para conduzir a fé. Elas foram dadas como revelação totalmente suficiente para a salvação e santificação de todas as pessoas. A hermenêutica bíblica deve levar em conta a importância da analogia da fé, a leitura do texto no seu contexto, a comparação de Escritura com Escritura, e principalmente, "um coração que ama a Deus e procura a sua glória", ou seja, dependemos do Espírito Santo, para entendermos corretamente o texto bíblico.

Sua eclesiologia era bipolar, isto é, há uma igreja visível e invisível. A igreja invisível é composta de todos os eleitos, enquanto que a visível, de todos os crentes professos. Somente Deus conhece perfeitamente os membros de ambas. Os sinais da verdadeira igreja são a pregação correta das Escrituras e a administração fiel dos dois sacramentos da Igreja (Batismo e ceia). A verdadeira sucessão apostólica não está na sucessão histórica dos bispos, mas na pregação e ensinamento dos ensinos dos apóstolos.

Bullinger contou com a ajuda de outros dois reformadores notáveis: Ecolampádio (1482-1531), um notável "schollar" de Basiléia, Suíça; e Berthold Haller (1492-1536), de Berna.

Por Rev. Hélio de Oliveira Silva. MTli.
O autor é Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano Brasil Central (SPBC-1990). Mestre em Teologia Histórica pelo Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper (CPGAJ-2004). Pastor auxiliar da 1a Igreja Presbiteriana de Goiânia, servindo na Congregação do S. Balneário Meia Ponte. E professor no SPBC desde 1999, onde leciona dentre outras matérias, Literatura Patrística e Reformada e História da IPB.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Governo federal pagou R$ 5,9 bilhões em publicidade à Globo desde 2000


 
As propagandas estatais veiculadas durante a programação da Rede Globo, entre os anos 2000 e 2012, custaram, ao governo federal, nada menos do que R$ 5,9 bilhões. Só no ano passado, foram R$ 495 milhões pagos à empresa em publicidade da gestão Dilma Rousseff. Os valores foram divulgados pelo secretário-executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Roberto Bocorny Messias. Segundo ele, a emissora fundada por Roberto Marinho é a campeã em lucros com propaganda estatal e está bem distante de outras gigantes em audiência, como o SBT, que cobrou R$ 1,6 bilhão do governo nos últimos 12 anos e R$ 153 milhões em 2012. Já as TVs fechadas continuam esquecidas pelos setores de comunicação da presidência. A elas, foram destinados R$ 737 milhões em 12 anos, valor pequeno se levado em consideração o número de emissoras da categoria que atuam no Brasil. Ainda de acordo com a Secom, o país pagou mais de R$ 10 bilhões em publicidade entre 2000 e 2012, sendo R$ 1,2 bilhões no ano passado.

Fonte: http://www.itirucunoticias.com/2013/04/governo-federal-pagou-r-59-bilhoes-em.html

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Agricultores atingidos pela seca terão dívidas prorrogadas por 10 anos

 Agricultores atingidos pela seca terão dívidas prorrogadas por 10 anos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) oficializou, em resoluções divulgadas nesta quinta-feira (18), a prorrogação por dez anos das dívidas de agricultores afetados pela seca. A decisão vale para as parcelas que venceriam em 2012, 2013 e 2014. O pagamento do valor refinanciado começa em 2015 para produtores em geral e em 2016 para agricultores familiares. A medida implicará no custo de R$ 2,1 bilhões para o Tesouro. Na decisão anunciada pelo CMN, os beneficiados terão um desconto de 80% se quitarem em dia as prestações do refinanciamento. A flexibilização anunciada é um desdobramento da Medida Provisória (MP) da Seca, relatada pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA). De acordo com o parlamentar, o Congresso Nacional está prestes a analisar a MP 610, também destinada para atender produtores rurais atingidos pela estiagem. “O objetivo é ampliar as renegociações e ofertar crédito para os produtores e agricultores, além de milho subsidiado para ração dos rebanhos de animais. Nossa luta é, inclusive, para que seja dado o perdão das dívidas dos pequenos agricultores que perderam a produção e estão sem condições de fazer um novo plantio”, explicou o petista.

Prefeito Wagner solicitou, o Governador Wagner atendeu, Várzea terá água tratada


 
Deve ser Iniciada no prazo de 180 dias, a obra de construção do Sistema Integrado de Abastecimento de Água (SIAA) do povoado da Várzea, num investimento aproximadamente de R$ 2,3 milhões, que vai beneficiar milhares de habitantes da localidade do município de Itiruçu, que vão passar a receber água com mais qualidade e em quantidade suficiente. 
Com uma administração de parceria com o governo estado o Prefeito Wagner realiza um grande sonho da população da Várzea que sofria a anos com a falta de água tratada e de boa qualidade. 
A empresa Catu Construtora Serviços Ltda encarregada da construção do SIAA tem um prazo de 180 dias para iniciar a obra . 
Fonte: http://www.itirucunoticias.com/2013/04/prefeito-wagner-solicitou-o-governador.html

Você perderia para ganhar? - Biografia do missionário e mártir Jim Elliot

                                                                           
 




“Consuma minha vida, Senhor. Eu não quero uma vida longa, mas sim cheio de Ti, Senhor Jesus. Satura-me com o óleo do teu Espírito…” Teria o Senhor, doador e mantenedor da vida, atendido a este pedido tão insitente e (para nós) intrigante de um filho Seu que desejava fazer a diferença em sua geração, imprimindo a marca de Cristo? Agora você tem a oportunidade de descobrir e se deixar tocar pela emocionante biografia de um dos mais novos missionários a combater o bom combate, acabar a carreira e guardar a fé. Venha, junto com Jim Elliot e seu amigos, ao ano de 1956:

“Aquele que dá o que não pode manter, pra ganhar o que não pode perder, não é um tolo”
Jim Elliot

A história de Jim Elliot e seus quatro amigos é uma das histórias missionárias mais empolgantes e inspiradoras.

Jim Elliot nasceu em 8 de Outubro de 1927 na cidade de Portland, no estado americano de Oregon. Jim pertencia a uma família cristã dedicada ao Senhor; desde cedo foi instruído nos caminhos de Deus, e veio a receber a Cristo como seu salvador aos 8 anos de idade. Fred, um pastor batista, e Clara Elliot, seus pais, eram bastante cuidadosos quanto à instrução bíblica de seus filhos e exerceram forte influência na formação de suas vidas.

Jim revelou-se um jovem bastante talentoso, destacando-se em todas as atividades que se envolvia. Era líder de sua classe, e detentor de uma brilhante oratória. Elaborou um aclamado discurso de honra em homenagem ao presidente americano, Franklin D. Roosevelt, por ocasião de seu falecimento. Graduou-se em “desenho arquitetônico” na High School e depois se transferiu para a faculdade cristã de Illinois, a Wheaton College, onde se graduou com as mais elevadas honras.

Convicto de sua vocação e chamada, Jim prioriza seus estudos com o intuito de alcançar a melhor preparação possível para o seu ministério. Empenha-se no estudo do grego, já visando uma possível tradução do evangelho para alguma língua nativa. Segundo o registro de seu diário, sua vida tinha sido profundamente impactada pelos testemunhos de missionários como David Brainerd e Hudson Taylor. Jim Elliot orava constantemente: “Consuma minha vida, Senhor. Eu não quero uma vida longa, mas sim cheio de Ti, Senhor Jesus. Satura-me com o óleo do teu Espírito…”. Durante seus estudos conheceu Elizabeth Howard, que também tinha um chamado para missões transculturais. Apesar de seus sentimentos um pelo outro, aguardaram em oração a confirmação de Deus, e somente após a graduação eles se casaram. Jim e Elizabeth se casaram em 1953, na cidade de Quito (Equador) e em 1955, nasceu sua filha Valerie.

Jim recusou convites para pastorear em algumas igrejas nos ministérios da juventude. Para alguns líderes, Jim tinha um futuro bastante promissor no ministério pastoral nas igrejas do EUA. Por esta razão foi criticado quando insistia em sua decisão em levar o evangelho de seu Salvador aos índios na Amazônia. Jim convenceu dois de seus amigos (Ed mcCully e Peter Fleming) que trabalhavam com ele numa rádio de difusão do evangelho a participarem da escola linguística, juntamente com ele e Elisabeth. Mais tarde , os três amigos e suas esposas (Jim e Elisabeth casaram-se no Equador) partem para o Equador para trabalharem com os índios Quechua. No Equador, um piloto missionário, Nate Saint, e sua esposa juntaram-se ao grupo. Conseguiram estabelecer uma estação da missão entre os índios Quechua. Jim e Elizabeth trabalharam na tradução do Novo Testamento para a língua dos quechuas. Nesse tempo Jim se lembrou dos índios aucas (hoje conhecidos como Huaoranis) que tinham a fama de serem muito violentos e que não possuiam nenhum contato com o mundo exterior. Com o propósito de levar o evangelho aos índios huaoranis, o grupo começou a elaborar um plano que ficou conhecido como Operação Auca.

Roger Youderian, um novo missionário, com sua esposa pediram para se juntar ao grupo. Nate Saint, conseguiu avistar alguns índios aucas sobrevoando algumas áreas que foram demarcadas no mapa da operação. A partir de então começaram sistematicamente sobrevoar as áreas dos huaoranis durante quatro meses levando presentes. Amarrado por uma corda, um balde cheio de roupas, bugigangas, cereais e fotografias dos missionários era levado pelo avião que em vôos baixos deixava cair os presentes. Os índios aucas chegaram a colocar no balde um papagaio e alguns enfeites de suas vestimentas. Diante do progresso alcançado, os cinco jovens missionários resolvem montar um acampamento às margens do rio Curray. Através de uma estação de rádio comunicavam constantemente com suas esposas que tinham ficado na base da missão.

Pouco tempo depois, um grupo de quatro índios visitaram os missionários em seu acampamento. Os missionários deram-lhes presentes e alimentos como um sinal de paz. Outros contatos foram feitos por mais algumas vezes e um daqueles índios chegou a voar com Nate Saint em seu avião, sobrevoando sua própria aldeia. Incentivados por uma visita no dia 7 de Janeiro, os missionários decidiram ir até a aldeia dos huaoranis. Acordaram cedo e louvaram ao Senhor na manhã de 8 de Janeiro. Nate e Jim sobrevoando a área da aldeia dos aucas avistaram um grupo de 20 a 30 índios se movendo em direção ao acampamento. Através do rádio comunicaram com suas esposas e decidiram ás 16:30 entrarem em contato novamente.

Ao chegarem na praia de seu acampamento, Nate e Jim avisaram aos outros que os aucas estavam vindo. Munidos de armas decidiram não utilizá-las. Pouco tempo depois chegaram os aucas e pouco esses cinco jovens puderam fazer. Foram mortos pelos aucas naquele dia de 8 de Janeiro de 1956. Angustiadas pela demora do contato de seus maridos, suas esposas solicitaram imediatamente ajuda. Helicópteros e forças do exercito equatoriano sobrevoando o rio Curray encontraram os corpos de quatro missionários (não foi encontrado o corpo de Ed McCully). Seus corpos foram encontrados brutalmente perfurados por lanças e machados. O relógio de Nate Saint foi encontrado parado em 15:12 minutos, do que se deduz a hora em que foram mortos.

As esposas desses missionários, apesar da grande dor que sofreram, decidiram continuar com a missão, e algum tempo depois foram sucedidas na evangelização dos aucas. A tribo foi evangelizada e alguns anos mais tarde, o assassino de Jim Elliot, agora convertido ao Senhor Jesus e líder da igreja na aldeia batizou a filha de Jim e Elizabeth no rio onde seu pai tinha sido morto.

A vida e o testemunho desses cinco missionários martirizados por amor ao evangelho têm inspirado até hoje centenas de jovens a dedicar suas vidas ao Senhor da seara. Jim Elliot procurou servir a Jesus com todas as suas forças e a maior parte de sua vida e de seu ministério é contado por sua esposa Elizabeth em dois livros publicados posteriormente. Sua célebre frase, encontrada em seu diário nos inspira a entregar sem reservas a nossas vidas nas mãos do Mestre: “Aquele que dá o que não pode manter, para ganhar o que não pode perder, não é um tolo”.

Biografia de Jim Elliot produzido por LUCIANO HÉRBET


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Senado dos EUA barra projeto que endurece lei de posse de armas

Plano bipartidário conseguiu 54 votos, mas precisava de 60 para seguir. Resultado é derrota para o presidente Barack Obama.
 O Senado dos EUA não conseguiu nesta quarta-feira (17) os 60 votos necessários para aprovar um plano bipartidário para tornar mais rigoroso o controle de antecedentes para compras de armas de fogo, em uma derrota para o presidente democrata Barack Obama, que defende a restrição das armas.
Vários senadores democratas de estados rurais e pró-armas de fogo ou ou que já esperam por uma difícil e apertada reeleição para 2014 se uniram aos republicanos para votar contra a proposta. O placar foi de 54 a 46 a favor do plano, que ficou aquém dos 60 votos necessários para seguir adiante na tramitação.