sábado, 21 de abril de 2012

A VOZ ABOLICIONISTA: Cristãos contrários à Escravidão no Brasil Império

A outra face da imigração protestante no século XIX se destaca pela força e expressão contrárias à escravidão e, por vezes, sendo até perseguida por causa de sua voz abolicionista.


No ano de 1864 foi fundado o jornal Imprensa Evangélica pelo missionário norte-americano Ashbel Green Simonton (1833-1867), também fundador da Igreja Presbiteriana no Brasil. Durante a segunda metade do século XIX, décadas finais da escravidão no Brasil, este jornal, o meio de comunicação dos presbiterianos de então, foi um dos que expôs sua opinião quanto à escravidão. O Imprensa Evangélica durou 28 anos. Recebeu uma grande aceitação, não somente entre os protestantes brasileiros, como em toda a sociedade brasileira; fora amplamente lido.

No início da década de 70, do séc. XIX, havia uma relação racial harmoniosa no Brasil, bastante diferente da existente nos Estados Unidos da América. Os abolicionistas protestantes se valeram muitas vezes disso para propagar sua preocupação em que houvesse uma reforma social no Brasil. Imprensa Evangélica se pronuncia neste período da seguinte maneira: o “Brasil poderia dar ao mundo este exemplo único de um país que faz uma reforma social desta ordem, sem se arruinar, e sem perturbar a paz em que há longos anos tem vivido”

.1 Conforme observa Barbosa, o jornal Imprensa Evangélica procurou destacar que não havia ódio de raças no Brasil, diferentemente de como acontecia em outras nações, como nos próprios Estados Unidos da América. Segundo ele, “isto não significava a inexistência de conflitos de classes, entre senhores e escravos”

.2 No dia 24 de maio de 1884 o jornal publicou a matéria “o abolicionismo” no qual lemos: “a demora em fazer justiça aos oprimidos traz perigo para os opressores e que o regime escravista é defendido por esse grande exército alistado sob a sua bandeira, não está disposto a capitular”

Fonte: http://wilsonporte.blogspot.com.br/2010/10/voz-abolicionista-cristaos-contrarios.html

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