O reino de Deus é a chave para a compreensão da história
do mundo. Por mais caótica que pareça, a história faz
sentido. Todos os fatos e eventos históricos são como peças
de um quebra-cabeça, e convergem para a plenificação do
Reino. Nesse sentido, não há qualquer contexto histórico
que não seja radicalmente escatológico. Não acreditamos
numa escatologia improvisada, mas numa Escatologia de Propósito. Afinal,
Ele não é Deus de improviso, e sim, de provisão. Antes
mesmo do início da saga humana, Ele já sabia de todas as coisas,
inclusive da maneira como o homem se rebelaria contra o seu Criador. Por isso,
Ele preparou de antemão um plano, cuja execução está em
andamento. E não se trata de algum tipo de plano tapa buraco.
Um dos princípios básicos da hermenêutica bíblica é que
a Bíblia interpreta a Bíblia. Passagens obscuras do texto sagrado
devem ser entendidas à luz de passagens mais claras. No dizer de Paulo,
devemos comparar as coisas espirituais com as espirituais (1 Co.2: 13). Recusamo-nos
acreditar em uma espécie de “Escatologia de jornal”. Uma
Escatologia que busca nas manchetes dos jornais a confirmação
de suas especulações está longe de ser bíblica.
Não importa o que dizem as notícias de última hora, pois “andamos
por fé, e não por vista” (2 Co.5:7). Ademais, segundo o
salmista, o justo “não se atemoriza de más notícias;
o seu coração é firme, confiante no Senhor” (Sl.112:7).
Infelizmente, vivemos em um tempo em que a escatologia bíblica é sempre
agredida, sofrendo adaptações constantes, de acordo com as mais
recentes notícias. Fatos recentes como a tsunami que varreu alguns países
asiáticos, o terrorismo, os conflitos intermináveis entre judeus
e palestinos, a escalada da violência nos grandes centros urbanos, acabam
inspirando os apocalipsemaníacos a promover uma espécie de escatologia
doentia, patológica, cujo efeito colateral é a crença
na desesperança, e na contagem regressiva para o fim do mundo.
A Bíblia é um livro essencialmente escatológico. Escatologia é a
matéria teológica que estuda acerca do fim. Entendemos “fim” de
maneira teleológica, isto é, como sendo “objetivo” e
não cessação da existência. Portanto, podemos afirmar
que Escatologia estuda os objetivos de Deus, os propósitos divinos por
trás dos fatos históricos.
Um “evangelho” que exclui a Escatologia de
sua proclamação relata os fatos, sem preocupar-se com os propósitos
de Deus por trás deles. Portanto, não explica nada. Apenas
narra uma história desprovida de qualquer sentido.
Para entendermos a chamada de Abraão, a formação do povo
de Israel, o Êxodo, a organização do reino judaico, o exílio
babilônico, o nascimento de Cristo, Sua morte, ressurreição
e ascensão, a descida do Espírito Santo em Pentecostes, e o próprio
Apocalipse, temos que buscar os propósitos de Deus por trás dos
fatos. Nada acontece por acaso. Deus não está jogando com o destino
dos homens. Ele não trabalha com probabilidades, e nem consulta dados
estatísticos antes de tomar alguma decisão. Tudo já está previamente
decretado, e certamente o plano de Deus não será frustrado. Afinal,
Ele não é Deus de improviso, mas de Provisão.
Não é sensato pensar que Deus possua um plano “A”, que caso não vingue vá pressioná-lO a lançar mão de algum plano “B”. Isto é simplesmente ridículo. Após passar por um período de nove meses de sofrimento intenso, Jó concluiu: “Eu sei que tudo podes, nenhum dos teus planos pode ser impedido” (42:2). E o próprio Deus nos garante: “Eu anuncio o fim desde o princípio, desde a antigüidade as coisas que ainda não sucederam. Eu digo: O meu propósito subsistirá, e farei toda a minha vontade (...). O que eu disse, eu o cumprirei; formei o plano, e o executarei” (Is.46:10,11b). Deus sempre sabe o que está fazendo. Ele não dá tiro no escuro, nem ponto sem nó. O desfecho da história já está concluído. A história de amanhã já foi escrita: ao nome de Jesus todo joelho irá curvar-se.
Não é sensato pensar que Deus possua um plano “A”, que caso não vingue vá pressioná-lO a lançar mão de algum plano “B”. Isto é simplesmente ridículo. Após passar por um período de nove meses de sofrimento intenso, Jó concluiu: “Eu sei que tudo podes, nenhum dos teus planos pode ser impedido” (42:2). E o próprio Deus nos garante: “Eu anuncio o fim desde o princípio, desde a antigüidade as coisas que ainda não sucederam. Eu digo: O meu propósito subsistirá, e farei toda a minha vontade (...). O que eu disse, eu o cumprirei; formei o plano, e o executarei” (Is.46:10,11b). Deus sempre sabe o que está fazendo. Ele não dá tiro no escuro, nem ponto sem nó. O desfecho da história já está concluído. A história de amanhã já foi escrita: ao nome de Jesus todo joelho irá curvar-se.
_______________
Um “evangelho” que exclui a Escatologia de sua proclamação
relata os fatos, sem preocupar-se com os propósitos de Deus por trás
deles. Portanto, não explica nada. Apenas narra uma história
desprovida de qualquer sentido.
_____________
Fonte:
_____________
Fonte:
Hermes Fernandes é um dos mentores da Santa Subversão
Reinista no Genizah.
Site: www.hermesfernandes.com
Site: www.hermesfernandes.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário