A Eritreia está entre os países que mais violam a liberdade religiosa, a julgar pelos cristãos que foram presos, torturados e até mortos dentro de suas fronteiras.
Desde a sua independência, em 1993, a Eritreia é governada por Isaias Afwerki, cujo regime repressivo controla de perto qualquer tipo de atividade que possa representar uma ameaça à sua autoridade.
Para melhorar sua imagem internacional, em 2002 Afwerki decidiu permitir que grupos religiosos não oficiais da Eritreia se registrassem junto ao governo, com o discurso de legalizar todos os cultos do país. Mas a verdadeira intenção do presidente era ter, através dos registros religiosos, informações detalhadas sobre a adesão desses grupos à nova politica e monitorar todas as suas atividades dentro da Eritreia.
Até o momento, no entanto, nenhum grupo religioso completou o rigoroso processo de registro exigido pelo governo, por isso toda a atividade religiosa fora dos parâmetros oficiais do estado é considerada ilegal; qualquer cristão pego participando de atividades religiosas não oficiais pode ser preso e até executado por traição, e qualquer tentativa de fuga para a Etiópia é muito perigosa, já que há guardas na fronteira com ordens para atirar em qualquer um que tente sair do país sem a permissão do governo.
Por causa destes riscos, muitos cristãos recorrem a pessoas que possam ajudá-los a atravessar a fronteira, mas em muitos casos são "vendidos" aos funcionários de segurança do governo que os envia diretamente para a cadeia.
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