quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Preso por blasfêmia, pastor paquistanês tem pedido de fiança negado



No Paquistão, a Constituição estabelece o islamismo como a religião do Estado, declarando, também, que as minorias religiosas devem ter condições para professar e praticar sua religião em segurança. Apesar disso, o governo limita a liberdade religiosa utilizando-se, principalmente, da polêmica lei de blasfêmia
De acordo com o The Christian Post (CP) paquistanês, quinta-feira (31/10), um pastor, preso por blasfêmia, em Sanghla Hill, província de Punjab, teve seu pedido de liberdade sob fiança negado.
Karama Patras foi detido após a polícia o ter levado em custódia quando um grupo de muçulmanos atacou sua casa.
Patras conduzia uma reunião de oração no lar de uma família cristã quando alguém levantou questões sobre a festa islâmica do sacrifício, Eid-ul-Adha, e o que a carne desse sacrifício significa para os cristãos.
Quando ele respondeu com versículos da Bíblia – trecho de 1 Coríntios 10:28-29 - vizinhos muçulmanos ouviram a discussão e, rapidamente, chamaram outros.
Quando o encontro terminou e Patras já voltava para casa, ele ouviu, através de alto-falantes das mesquitas, imãs apelando a seus colegas muçulmanos para que punissem o pastor por proibir o Eid-ul-Adha aos cristãos.
"O pastor Karama Patras é um blasfemo, infiel, merece ser morto", escutava-se pelas ruas. Nesse momento, segundo o CP, centenas de islâmicos atacaram a casa de Patras.
Oficiais dirigiram-se até o local e resgataram o pastor da fúria da multidão, que o agredia e destruía sua casa.
Patras foi acusado nos termos do Artigo 295, A- das notórias leis de blasfêmia do Paquistão. Ele é representado por Tahir Naveed, mesmo advogado de defesa do caso de Rimsha Masih. Ore em favor dessa causa, para que a Justiça alcance o pastor e sua fé no Senhor seja honrada.

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